"Vacinação obrigatória
é sinônimo de sifilização obrigatória
(...) é sempre um envenenamento forçado, torna-se em muitos
casos um assassinato legal."
Bagueira Leal
A maior resistência à nova lei vinha do
Apostolado Positivista, que desde o final do Império lutava contra
a obrigatoriedade da vacinação. Em
uma série de folhetos contra o "despotismo sanitário"
do governo, Teixeira Mendes e o médico Bagueira Leal atribuíam
à vacina inúmeros perigos para a saúde, como sífilis,
tuberculose, erisipela, gangrena, convulsões, entre outras doenças.
No Congresso, os debates foram acirrados, principalmente devido à
recente aprovação de projeto do deputado Melo Mattos, que
concedia às autoridades sanitárias o poder de derrubar prédios
e designava um juiz especial para resolver casos pendentes da Saúde
Pública.
Aproveitando-se de sua ampla maioria, o Governo agilizou a tramitação
da nova lei. A oposição tentou obstruir a discussão,
chegando a apresentar mais de cem emendas, sem resultado. Apesar da feroz
oposição dos senadores Lauro Sodré e Barata Ribeiro,
o Senado aprovou o projeto em 20 de julho, com 11 votos contrários.
Em agosto, iniciou-se a discussão na Câmara. A resistência
era liderada pelo deputado Barbosa Lima.
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