"Não tem nome, na categoria dos crimes
do poder, a temeridade, a violência, a tirania a que ele se aventura
, expondo -se (...) a me envenenar, com a introdução, no
meu sangue, de um vírus, em cuja influência, existem os mais
fundados receios de que seja condutor da moléstia, ou da morte." Em 1904, uma epidemia de varíola assolou
a capital. Somente nos cinco primeiros
meses, 1800 pessoas tinham sido internadas no Hospital São Sebastião.
Embora uma lei prevendo imunização compulsória das
crianças contra a doença estivesse em vigor desde 1837,
ela nunca fora cumprida. Assim, a 29 de junho de 1904, o Governo enviou
ao Congresso projeto reinstaurando a obrigatoriedade de vacinação
antivariólica.
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